Família de senador baleado na Colômbia denuncia ‘negligência’ em pedidos de reforços de segurança 4w57r
6h326e
‘Durante 2025, fizemos mais de 23 pedidos de proteção reforçada’, declarou o advogado da família, Víctor Mosquera; Miguel Uribe foi atingido por tiros na cabeça e joelho em ataque durante evento em Bogotá

A família do senador colombiano e pré-candidato presidencial atacado no fim de semana ado, Miguel Uribe Turbay, apresentou nesta segunda-feira (9) uma queixa criminal contra a Unidade Nacional de Proteção (UNP), vinculada ao Ministério do Interior, por suposta negligência na resposta aos pedidos de reforço de sua segurança.“Durante 2025, fizemos mais de 23 pedidos de proteção reforçada. O último foi apresentado em 5 de junho deste ano”, disse o advogado da família, Víctor Mosquera, à imprensa na porta da frente da Clínica da Fundação Santa Fé, onde Turbay está em estado crítico depois de ser baleado em um comício eleitoral no sábado. De acordo com o advogado, os pedidos advertiam que Turbay, considerado desde 2023 como um líder de “risco extraordinário”, deveria ter medidas especiais ao se tornar pré-candidato presidencial da oposição.
No entanto, ele afirmou que todas as respostas recebidas da UNP eram “um copia e cola”, descartando o reforço. “A UNP não levou em conta que em outubro de 2024 (Turbay) já era candidato à presidência e que deveria melhorar suas condições de segurança”, acrescentou Mosquera. O advogado denunciou que Turbay viajou sem guarda-costas para Cartagena em maio para participar da Associação de Bancos e Instituições Financeiras da Colômbia (Asobancaria) e que a recusa em cobrir essas viagens deixou o pré-candidato “em um estado absoluto de indefesa”.
Por essa razão, a família solicitou à Procuradoria-Geral da República que abrisse uma nova linha de investigação para esclarecer se houve uma omissão institucional que facilitou o ataque que deixou o político em estado crítico. A procuradora-geral, Luz Adriana Camargo, confirmou nesta segunda-feira, em entrevista coletiva, que convocará o diretor da UNP, Augusto Rodríguez, que foi colega do presidente esquerdista Gustavo Petro no extinto grupo guerrilheiro M19, para responder pela composição da segurança de Turbay.
A segurança do pré-candidato era mista e incluía agentes da Polícia Nacional, que também estão sendo investigados disciplinarmente por esse caso. O ataque ao senador, que foi submetido a duas cirurgias depois de levar três tiros, levantou preocupações sobre a segurança dos candidatos na corrida eleitoral. O agressor, como confirmado pelo Ministério Público, era um menor de 15 anos que foi capturado logo após o ataque e será levado a um tribunal ainda nesta segunda-feira.
*Com informações da EFE
Publicado por Fernando Dias
Comentários
Conteúdo para s. Assine JP .