‘União nasce para oferecer ao Brasil uma opção equilibrada’, diz presidente do PSDB em SP sobre fusão com o Podemos 1z6c63

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Federação entre os dois partidos é vista como uma tentativa de oferecer uma alternativa à polarização; além disso, tucanos tentam ganhar força em meio à maior crise da história

  • Por Jovem Pan
  • 06/06/2025 05h40 - Atualizado em 06/06/2025 08h02
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Divulgação/PSDB Paulo Serra, ex-prefeito de Santo André, é o presidente do PSDB em São Paulo Paulo Serra, ex-prefeito de Santo André, é o presidente do PSDB em São Paulo

O PSDB oficializou, nesta quinta-feira (6), em convenção realizada em Brasília, a criação de uma federação partidária com o Podemos. A união entre as duas legendas será apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até julho, com expectativa de aprovação até setembro ou outubro. O presidente estadual do PSDB em São Paulo, Paulo Serra, participou do evento e defendeu a fusão como uma alternativa política ao cenário atual. “Esta união de partidos de centro nasce para oferecermos ao Brasil uma opção equilibrada de gestão, bem longe do extremismo, que empobrece o debate e não atende às necessidades da população”, afirmou.

Com a fusão, PSDB e Podemos am a somar 28 deputados federais e sete senadores, formando a oitava maior bancada da Câmara dos Deputados e a quinta no Senado. Durante a convenção, os filiados do PSDB aprovaram por ampla maioria a mudança no estatuto da sigla, necessária para viabilizar a federação: foram 201 votos favoráveis, dois contrários e duas abstenções. Agora, os partidos devem elaborar juntos um novo estatuto e um programa político unificado.

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Segundo Paulo Serra, a federação fortalece o PSDB para as próximas eleições. “Este movimento torna o partido mais competitivo e nos prepara com bons quadros para 2026”, disse.

A federação entre os dois partidos é vista como uma tentativa de reposicionamento político, especialmente por parte do PSDB, que enfrenta sua pior crise desde a fundação. Nas eleições de 2022, o partido elegeu apenas 13 deputados federais e nenhum senador — o pior desempenho da história da sigla. Atualmente, o PSDB conta com apenas três senadores e perdeu dois dos três governadores eleitos em 2022: Raquel Lyra (PE) e Eduardo Leite (RS) migraram para o PSD. O único governador restante, Eduardo Riedel (MS), esteve brevemente na convenção e ainda avalia se continuará na legenda.

Apesar das baixas, lideranças tucanas demonstraram otimismo com a nova fase. O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), por exemplo, defendeu que a sigla mantenha seu nome no processo de fusão: “Quero manter o nome PSDB vivo ainda”, disse. Internamente, o modelo foi batizado como “incorporação com características de fusão”, e o nome provisório da nova legenda deve ser “PSDB+Podemos”.

Com a união, PSDB e Podemos somam agora 28 deputados federais e sete senadores, o que torna a nova federação a oitava maior bancada da Câmara e a quinta do Senado. A expectativa, segundo Aécio, é ambiciosa: ele projeta a eleição de até 50 deputados federais em 2026 e o lançamento de um candidato à Presidência da República. Além disso, o partido está em negociação com 14 deputados e dois senadores que podem migrar para a nova legenda.

O estudo mais recente encomendado pelo Podemos aponta que a nova federação pode contar com um Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) de cerca de R$ 380 milhões, o que a posicionaria como o sétimo maior do país, à frente do Republicanos. Já o fundo partidário deve alcançar R$ 90 milhões, superando PSD, Republicanos e MDB. O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, também falou sobre a nova identidade do partido. Segundo ele, a legenda ará por um processo de renovação, com novo programa, símbolo e discurso até outubro.

A ideia é apresentar o PSDB como um “partido radical de centro”. A frase “radical no que importa” estampava bonés distribuídos durante o evento, em referência à tentativa de se reposicionar no espectro político e atrair o eleitorado afastado do centro nos últimos anos, marcado pela polarização entre o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

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A federação entre os dois partidos é vista como uma tentativa de reposicionamento político, especialmente por parte do PSDB, que enfrenta sua pior crise desde a fundação. Nas eleições de 2022, o partido elegeu apenas 13 deputados federais e nenhum senador — o pior desempenho da história da sigla. Atualmente, o PSDB conta com apenas três senadores e perdeu dois dos três governadores eleitos em 2022: Raquel Lyra (PE) e Eduardo Leite (RS) migraram para o PSD. O único governador restante, Eduardo Riedel (MS), esteve brevemente na convenção e ainda avalia se continuará na legenda.

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